João Ubaldo Ribeiro, Rubem
Alves e Ariano Suassuna: três escritores que se foram em julho
João Ubaldo Ribeiro (1941-2014) foi membro
da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 34. Recebeu o Prêmio
Camões em 2008. A exemplo de Jorge Amado, Ubaldo Ribeiro é um grande
disseminador da cultura brasileira, sobretudo a baiana. Entre suas obras que
fizeram grande sucesso encontram-se "Sargento Getúlio", "Viva o
Povo Brasileiro" e "O Sorriso do Lagarto". Nasceu em Itaparica, Bahia,
na casa de seus avós. Formou-se em Direito na Universidade Federal da Bahia. Seu
primeiro romance foi "Setembro Não Tem Sentido", publicado em 1963. Lecionou
Ciência Política na Universidade Federal da Bahia, durante seis anos. Sua
segunda obra "Sargento Getúlio", publicado em 1971, lhe rendeu o
Prêmio Jabuti de Revelação de Autor, em 1972. Em 1984, ganhou o Prêmio Jabuti
com o romance "Viva o Povo Brasileiro". O romance "O Sorriso do
Lagarto" foi adaptado para uma minissérie na televisão.
Rubem Alves (1933-2014) foi teólogo, educador,
tradutor e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia,
psicologia e de histórias infantis. Nasceu na cidade de Boa Esperança, Minas
Gerais, no dia 15 de setembro de 1933. Em 1945 muda-se com a família para o Rio
de Janeiro. Criado em uma família protestante, tornou-se pastor. Nos anos 70, ensinou
filosofia na Universidade de Campinas (Unicamp). Ocupou diversos cargos, entre
eles, o de Diretor da Assessoria Especial para assuntos de Ensino, de 1983 a
1985. Nos anos 80, torna-se psicanalista através da Sociedade Paulista de
Psicanálise. Passou a escrever nos grandes jornais sobre comportamento e
psicologia. Dos vários livros que Rubem Alves publicou, vale a pena destacar “O
Que é Religião?" (filosofia e religião), “A Volta do Pássaro Encantado”,
“O Patinho que não Aprendeu a Voar” (livro infantil) “Variações Sobre a Vida e
a Morte” (teologia) e “Filosofia da Ciência” (filosofia e conhecimento
científico).
Ariano Suassuna (1927-2014) foi poeta, romancista, ensaísta, dramaturgo, professor e advogado. "O Auto da
Compadecida", sua obra prima, foi adaptada para a televisão e para o
cinema. Sua produção reúne além da capacidade imaginativa, seus conhecimentos
sobre o folclore nordestino. Em 1990, ocupou a cadeira nº 32 da Academia Brasileira de
Letras. Em 1993, foi eleito para a cadeira nº 18 da Academia Pernambucana de
Letra e em 2000, ocupou a cadeira nº 35 da Academia Paraibana de Letras. Durante
a Revolução de 1930, por motivos políticos, seu pai, João Suassuna,
ex-governador da Paraíba, foi assassinado, ficando órfão aos três anos de
idade. Passou os primeiros anos de sua infância na fazenda Acauham, no sertão
do Estado. Teve os primeiros contatos com a cultura regional assistindo uma
apresentação de mamulengos e um desafio de viola. Até o fim da vida recebia
inúmeros convites para realizar "aulas-espetáculos" em várias partes
do País onde, com seu estilo próprio e seus "causos" imaginativos,
deixava o público encantado.
Fontes: http://www.e-biografias.net/